A intuição, o “faro” ou o “feeling” é o diferencial que distingue um empresário ou um profissional bom ou razoável de um que é brilhante; de alguém que acumula um ou outro sucesso de um verdadeiro vencedor. Nesse caso, cabe a pergunta: por que algumas pessoas parecem ser mais intuitivas do que outras? Por que certas pessoas se mostram tão hábeis em usar a intuição na vida profissional e pessoal, enquanto outras demonstram o oposto disso?
O fato é que, como qualquer instrumento, a intuição precisa ser afinada. Toda a vez que ouvimos um músico tocar um instrumento perfeitamente afinado é porque, antes de subir ao palco, ele se deu ao trabalho de afinar cuidadosamente o seu instrumento. Com a intuição ocorre a mesma coisa. O primeiro passo para afiná-la consiste em cultivar uma boa auto-estima. E o que é que a auto-estima tem a ver com a intuição? Tudo. Quanto mais baixa for a auto-estima, maior a tendência de duvidar de si mesmo e, por conseguinte, de sua intuição. Contudo, uma postura radicalmente oposta a essa também surte efeitos negativos. Se uma pessoa se tem em tão alta conta a ponto de considerar-se sempre “perfeita” e “infalível”, essa auto-imagem distorcida poderá distorcer também sua forma de lidar com a intuição. Em vez de ouvi-la, alguém assim tentará manipulá-la toda vez que ela contrariar seus desejos ou intenções. Essa pessoa não está seguindo sua intuição: está seguindo seus caprichos e vontades.
Portanto, afinar a intuição exige a postura equilibrada de não se deixar minar pela baixa auto-estima, nem se deixar cegar por uma imagem arrogante e fantasiosa de si mesmo. É claro que não é fácil chegar a esse equilíbrio – e eu estaria mentindo se dissesse que existe alguma fórmula mágica. A auto-estima, bem como sua ausência e seu excesso, está ligada à história de vida de cada um, e mexer com isso implica mergulhar em um processo de autoconhecimento. Porém, quem se dispor a fazê-lo poderá começar observando suas próprias atitudes e motivações, bem como sua relação com os aspectos intuitivos que envolvem suas decisões e escolhas.
Para apurar a intuição é preciso abrir o caminho a fim de que ela possa fluir livremente. Isso não envolve nenhum tipo de “técnica para-normal”, muito pelo contrário: é tudo uma questão de observar o seu cotidiano e adotar algumas medidas concretas para remover os obstáculos que dificultam ou impedem o fluxo da intuição. Aqui vão algumas dicas para ajudá-lo nessa tarefa:
» Tenha clareza quanto a seus objetivos » Às vezes, o que achamos que queremos não é o que realmente queremos. Esse descompasso pode fazer com que a mente consciente trabalhe para uma finalidade, enquanto o inconsciente trabalha para outra.
» Aprenda a relaxar » É preciso parar de vez em quando para poder ouvir a intuição. Práticas meditativas ajudam, mas quem não se sente inclinado a isso, pode, pelo menos, aprender a soltar-se e a relaxar.
» Alimente sua intuição » O matemático francês Henri Poincaré disse certa vez que “a inspiração só vem para a mente preparada”, e uma forma de preparar a mente é alimentando-a com informações, que podem vir das mais variadas fontes: leituras, conversas, estudos, cursos, seminários, filmes, programas de TV...
» Cultive relacionamentos » O contato, a interação e o interesse pelos demais nos tornam mais experientes e sensíveis no trato com outros seres humanos, o que estimula nossa intuição em relação às pessoas.
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