Tenho ouvido com frequência perguntas do tipo: “Faz tempo que tento fazer meu negócio decolar e não consigo. O que devo fazer?” Ou, então: “Já tentei de tudo e nada parece funcionar. Até quando devo continuar tentando?” Acredito que a melhor resposta está no Evangelho de Lucas, numa passagem que, ao longo dos anos, sempre me serviu de inspiração e alento. O trecho relata um dos primeiros encontros entre Jesus e Pedro, que na época ainda se chamava Simão.
Simão tinha passado a noite inteira pescando, mas não havia conseguido pegar um único peixe. Jesus então lhe disse para lançar a rede ao mar mais uma vez. Simão estranhou. De que adiantaria isso? Se seus esforços não deram nenhum resultado, por que agora seria diferente? Ainda assim, decidiu fazer mais uma tentativa. E para seu grande espanto, a rede voltou tão carregada de peixes que chegou a rebentar, e ele precisou chamar ajuda para conseguir dar conta de tudo o que havia pescado.
Teria sido um milagre um resultado tão positivo após tantos esforços frustrados? Talvez. A resposta fica a critério da fé de cada um. Mas o fato é que, milagre ou não, esse resultado só foi possível porque Simão se dispôs a tentar mais uma vez. Mesmo depois de tudo dar errado, mesmo depois dele ter tentando inutilmente até a exaustão, mesmo quando tudo parecia indicar que era hora de desistir, ele tentou mais uma vez. E conseguiu.
Às vezes pode ser necessário parar um pouco, recuperar as energias, rever as estratégias. Mas o que não podemos fazer é desistir de tentar. Não faltam exemplos de pessoas de sucesso que viram inúmeras portas se fechar diante delas, e que passaram por diversos negócios mal-sucedidos até que, finalmente, conseguiram triunfar. Pode-se pensar: “se tudo tem dado errado, só um milagre faria com que agora as coisas dessem certo”. Bem, só há um modo de saber se esse milagre está à sua espera. Lançando sua rede ao mar. Mais uma vez.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Criando a Própria Sorte
Muitas vezes, quando lemos as biografias de pessoas bem-sucedidas, é impossível não exclamar: “Eis aí um sujeito de sorte”. Com freqüência, a sorte e o acaso parecem desempenhar um papel crucial na vida daqueles que chegaram ao sucesso. Contudo, não podemos cair no erro de atribuir à sorte todas as conquistas alheias. Se fizermos isso, estaremos dividindo o mundo em duas castas: a dos sortudos e a dos azarados. Ou você nasce numa dessas castas, ou nasce na outra, logo, não há nada a fazer.
Mas será que as coisas são mesmo assim? O que muitas vezes parece ser uma questão de sorte ou de coincidência é, na verdade, o resultado de muito trabalho. Você se esforça para dar o máximo de si e para transformar suas idéias em negócios concretos. E de tanto insistir, lutar e tentar, acaba criando um clima favorável para que novas oportunidades surjam. Elas podem surgir de uma maneira aparentemente casual. Mas o fato é que, por trás desse golpe de sorte, há todo um esforço que tornou esse momento possível. Ou seja: em muitos casos, a sorte é mesmo uma questão de talento.
Mas será que as coisas são mesmo assim? O que muitas vezes parece ser uma questão de sorte ou de coincidência é, na verdade, o resultado de muito trabalho. Você se esforça para dar o máximo de si e para transformar suas idéias em negócios concretos. E de tanto insistir, lutar e tentar, acaba criando um clima favorável para que novas oportunidades surjam. Elas podem surgir de uma maneira aparentemente casual. Mas o fato é que, por trás desse golpe de sorte, há todo um esforço que tornou esse momento possível. Ou seja: em muitos casos, a sorte é mesmo uma questão de talento.
Dinheiro, para que dinheiro?
O animismo consiste em atribuir a objetos e a seres inanimados características humanas. Quando alguns povos antigos diziam, por exemplo, que o sol era um deus capaz de punir ou de recompensar os seres humanos, e cujas “decisões” poderiam ser influenciadas por meio de sacrifícios, estavam praticando uma espécie de animismo. Mas antes de lançarmos um sorriso condescendente à suposta ingenuidade de nossos ancestrais, é melhor darmos uma boa olhada em nosso próprio comportamento. Nós também praticamos o animismo. E com muito mais freqüência do que pensamos.
Quer ver um exemplo? Então observe frases como: “o dinheiro não traz felicidade”, ou “o dinheiro muda as pessoas”. Já nos cansamos de ouvi-las, de repeti-las, de concordar com elas... Todo mundo tem pelo menos uma história para contar que parece ilustrar –e comprovar – a pretensa verdade contida nesses ditos populares. “Depois que enriqueceu, fulano perdeu a cabeça, meteu os pés pelas mãos, afastou-se dos amigos, abandonou a família”... Ou, então: “Beltrano se deixou seduzir pelo dinheiro fácil e se meteu numa série de negociatas. O dinheiro foi sua perdição”.
Ora, o dinheiro não é, em si, nem bom nem ruim. É apenas um pedaço de papel ao qual é atribuído determinado valor de compra. Portanto, não é – nem pode ser – ele que “não traz felicidade” ou que “muda as pessoas”. É o nosso caráter, bem como as atitudes e a relação que temos com o dinheiro, que provocam esses ou aqueles resultados. Culpar o dinheiro, ou a sua falta, é fácil. Tão fácil quanto inútil. Difícil, porém extremamente produtivo, é entender e trabalhar a forma como lidamos com ele.
Quer ver um exemplo? Então observe frases como: “o dinheiro não traz felicidade”, ou “o dinheiro muda as pessoas”. Já nos cansamos de ouvi-las, de repeti-las, de concordar com elas... Todo mundo tem pelo menos uma história para contar que parece ilustrar –e comprovar – a pretensa verdade contida nesses ditos populares. “Depois que enriqueceu, fulano perdeu a cabeça, meteu os pés pelas mãos, afastou-se dos amigos, abandonou a família”... Ou, então: “Beltrano se deixou seduzir pelo dinheiro fácil e se meteu numa série de negociatas. O dinheiro foi sua perdição”.
Ora, o dinheiro não é, em si, nem bom nem ruim. É apenas um pedaço de papel ao qual é atribuído determinado valor de compra. Portanto, não é – nem pode ser – ele que “não traz felicidade” ou que “muda as pessoas”. É o nosso caráter, bem como as atitudes e a relação que temos com o dinheiro, que provocam esses ou aqueles resultados. Culpar o dinheiro, ou a sua falta, é fácil. Tão fácil quanto inútil. Difícil, porém extremamente produtivo, é entender e trabalhar a forma como lidamos com ele.
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