quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Saber Pressionar

Nem sempre a paciência é uma virtude. Há momentos em que as coisas não podem ser apressadas – pelo simples motivo de que não dependem de nós. Nesse caso, o bom senso recomenda uma boa dose de paciência como forma de evitar desgastes inúteis e resultados indesejados. Há ocasiões, porém, em que as coisas podem e devem ser apressadas – e fazer isso cabe inteiramente a nós. Ser paciente nessas situações não é uma vantagem. É apenas sinal de comodismo, de insegurança ou de ambos.
Suponha que você esteja negociando com um investidor que poderá alavancar o seu negócio. Talvez seja necessário ter paciência e lhe dar algum tempo para decidir sem pressão. Ou talvez seja necessário fazer o oposto: pressionar um pouco para que ele pare de enrolar e perceba que poderá perder um bom negócio. No grande jogo das negociações, a paciência tanto pode ser vital quanto fatal. Cabe ao bom negociador saber quando é hora de esperar e quando é hora de pressionar.

Segurança ou Ilusão?

A busca pela segurança financeira é uma motivação poderosa. Queremos ter certeza de que poderemos manter nosso padrão de vida e o de nossa família, e o medo da demissão, do desemprego e dos revezes nos negócios torna-se, para muitas pessoas, uma sombra quase que onipresente. O grande problema ocorre quando esse receio, que até certo ponto é natural, acaba se transformando num freio que impede o nosso crescimento.
Evitar a inovação, as iniciativas ousadas e originais e a busca de novos caminhos em nome de uma falsa sensação de segurança é um erro cujo preço é caro demais. Tudo na vida segue um curso natural de expansão, ápice e declínio. E, no mundo dos negócios, a única forma de retardar – ou até mesmo evitar – o declínio é antecipando-nos às mudanças quando ainda estamos no ápice. Mesmo que para isso tenhamos que lidar com nossas inseguranças.
Acreditar que, quanto mais imóvel você estiver, mais seguro você ficará em sua posição, não passa de uma ilusão. A verdadeira segurança não está em um lugar, em um cargo, em um emprego ou em uma empresa. Não está nem mesmo no dinheiro, que pode ser perdido de uma hora para outra. A verdadeira segurança está na confiança que você tem em sua capacidade de agir.

Projeto de Vida

É incrível a quantidade de gente que se sente explorada no trabalho. Não faltam reclamações de horários puxados, atribuições além da conta, falta de reconhecimento e salários insuficientes. O problema é que, quando você diz a essas pessoas para lutar por condições mais dignas ou, então, procurar outro emprego, elas em geral se voltam contra você. “Falar é fácil”, dizem elas. “Quem é que vai pagar minhas contas no fim do mês?”
Bem, todo mundo tem contas para pagar no fim do mês. Mas, por mais importante que isso seja, é apenas parte de algo bem maior: o seu projeto de vida. Se você perder de vista o seu projeto de vida e resumir suas motivações à necessidade de pagar contas, estará se colocando num beco sem saída no qual você próprio se condena a sujeitar-se à exploração. Por outro lado, se tiver um projeto de vida como “realizar-me fazendo o que gosto e obter a remuneração e o reconhecimento que eu mereço”, você poderá contar com a força e a confiança que vem de uma motivação clara e determinada.
Isso funciona como uma bússola que o guiará mesmo nos momentos em que você se sente fora do seu caminho. Você pode se ver forçado a pegar um ou outro atalho, mas a bússola sempre lhe mostrará como retomar o seu caminho. O projeto de vida coloca você numa atitude ativa. Aceitar o papel de vítima o coloca numa atitude passiva. E perigosa. Afinal, o profissional que se vê permanentemente como uma vítima acaba atraindo patrões e colegas carrascos. Não dê a eles esse poder. Pense em termos de trabalho e realização, não de emprego. Pense em termos de projeto de vida.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Filhos Vencedores

Você costuma reclamar em casa do dia complicado que teve no trabalho? Comenta com a família como seu chefe é incompetente e como seus colegas são obtusos? Faz constantes desabafos na frente dos familiares, queixando-se do stress, da remuneração insuficiente e de todos os dissabores de sua vida profissional? Se a resposta for sim, é melhor ter cuidado. Você pode estar passando para seus filhos uma visão negativa do mundo do trabalho, visão essa que poderá contaminar a forma como, no futuro, eles próprios irão encarar suas perspectivas profissionais.
Crianças aprendem pelo exemplo, e não há exemplo mais poderoso do que aquele que vem dos pais. Se você quer criar seus filhos para que eles sejam vencedores, não os contamine com as insatisfações de sua vida profissional. Fazê-los crescer pensando que todos os chefes são ruins e todos os trabalhos são frustrantes e mal-pagos é fazê-los crescer em desvantagem. Eles tenderão a pensar que é isso que os espera – quando, na verdade, isso não passa de uma percepção específica, ligada a determinado momento da vida profissional de seus pais.
Mesmo que você esteja passando por uma fase ruim, sempre procure mostrar a seus filhos o lado positivo do trabalho. Se você não gosta do que faz, tenha a certeza de oferecer a seus filhos os meios para que eles possam, quando a hora chegar, ter a satisfação de fazer o que gostam. E, por pior que você esteja se sentindo, jamais passe para eles uma visão amargurada e determinista da vida profissional – os problemas que você enfrenta hoje não precisam ser os mesmos que seus filhos enfrentarão amanhã. Esse é o melhor legado que você pode lhes deixar.

Planejamento x Improviso

Quem falha ao se preparar, prepara-se para falhar, já dizia Benjamin Franklin. Um pouco de improviso e de jogo de cintura podem ajudar na hora certa, mas de modo algum substituem o bom planejamento feito com antecedência. Assim como nenhum planejamento é capaz de cobrir todos os possíveis desdobramentos e variantes que podem surgir quando ele é posto em prática, nenhum improviso é capaz de preencher satisfatoriamente os constrangedores buracos causados pela falta de conhecimento e de preparo prévio.
Quem se atém rigidamente ao planejamento e se mostra incapaz de improvisar quando necessário corre o risco de ser visto como um burocrata limitado. Quem improvisa demais e planeja de menos pode ser visto como alguém despreparado e pouco confiável. Atingir o equilíbrio entre os dois é um dos grandes desafios de quem quer ser bem-sucedido nos negócios e na carreira.

Preocupação ou Perda de Tempo?

Um excelente conselho sobre como lidar com as preocupações: "Creio que podemos aniquilar num momento cinquenta por cento de todas as nossas preocupações, se criarmos em nosso íntimo uma espécie de padrão de valores – um padrão pelo qual pudéssemos avaliar quais as coisas que realmente têm valor para nós, tomando como base as nossas vidas."
Em outras palavras, é proposto que façamos uma séria reavaliação de tudo o que nos tira o sono e nos rouba a paz de espírito, e que disso seja eliminado o ressentimento inútil, as mágoas que nós mesmos nos esforçamos para cultivar, o rancor estéril por coisas que, no fundo, arranharam apenas o nosso ego, e não a nossa essência. É sempre um choque perceber quanto tempo e energia desperdiçamos com coisas que, no fundo, são insignificantes. Reavalie suas prioridades agora mesmo e trate de se livrar de todas as preocupações inúteis. Você poderá perceber que seu fardo é bem mais leve do que parece.
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