É incrível a quantidade de gente que se sente explorada no trabalho. Não faltam reclamações de horários puxados, atribuições além da conta, falta de reconhecimento e salários insuficientes. O problema é que, quando você diz a essas pessoas para lutar por condições mais dignas ou, então, procurar outro emprego, elas em geral se voltam contra você. “Falar é fácil”, dizem elas. “Quem é que vai pagar minhas contas no fim do mês?”
Bem, todo mundo tem contas para pagar no fim do mês. Mas, por mais importante que isso seja, é apenas parte de algo bem maior: o seu projeto de vida. Se você perder de vista o seu projeto de vida e resumir suas motivações à necessidade de pagar contas, estará se colocando num beco sem saída no qual você próprio se condena a sujeitar-se à exploração. Por outro lado, se tiver um projeto de vida como “realizar-me fazendo o que gosto e obter a remuneração e o reconhecimento que eu mereço”, você poderá contar com a força e a confiança que vem de uma motivação clara e determinada.
Isso funciona como uma bússola que o guiará mesmo nos momentos em que você se sente fora do seu caminho. Você pode se ver forçado a pegar um ou outro atalho, mas a bússola sempre lhe mostrará como retomar o seu caminho. O projeto de vida coloca você numa atitude ativa. Aceitar o papel de vítima o coloca numa atitude passiva. E perigosa. Afinal, o profissional que se vê permanentemente como uma vítima acaba atraindo patrões e colegas carrascos. Não dê a eles esse poder. Pense em termos de trabalho e realização, não de emprego. Pense em termos de projeto de vida.
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