quinta-feira, 16 de julho de 2009

Dicas para implementar a função de planejamento na sua agência

Segue abaixo a tradução de um texto fantástico do Leon Phang, planner da filial sueca da Jung Von Matt. São dicas preciosas não só para agências sem planejamento, mas também para aquelas em que a função não está bem estabelecida.

Como implementar um planejamento que funciona

Aqui vão algumas dicas para agências que ainda não possuem a função de planejamento, mas gostariam de ter – talvez uma agência pequena ou média com alguma ambição.
Obviamente, não há razão para convencer outros planners dos milagres do planejamento. Portanto, este post é para o restante de vocês.

Tenho total consciência de que profissionais de atendimento e de criação são capazes de fazer um planejamento satisfatório. No entanto, acredito fortemente que a especialização conduz à excelência. Em resumo, um planner full-time tem mais possibilidades de envolvimento comparado a profissionais que dividem a função de planejar e atender. Essa perspectiva, entretanto, diz respeito à função de planejamento em tempo integral.

Na Jung Von Matt da Suécia, eu cheguei como primeiro planejador. Nove meses depois, com a função de planejamento bem estabelecida, a maneira como a agência trabalha parece bem diferente. Portanto, com base na minha experiência, seguem 3 passos para criar esta 3ª disciplina:

1 » Defina um propósito
Planejamento não é trabalho terapêutico. Ou pelo menos não deveria ser. A gestão da agência deve saber claramente porque precisa de planejamento.
Visão gerencial. O planejamento como recurso precisa estar alinhado à visão da agência. O que o planejamento pretende alcançar em termos de criatividade, eficiência operacional, inspiração, inovação, pensamento estratégico, efetividade de campanha?
Compromisso e apoio. A função do planejamento não pode ser um projeto de curto prazo, pois mudanças organizacionais levam tempo para serem implementadas e os benefícios levam tempo para cristalizar. A gestão deve estar compromissada a testar novos formatos organizacionais, ser paciente com o valor agregado e apoiar a função de planejamento com recursos tais como tempo, pessoas, dinheiro e treinamento, para fazê-la funcionar.

2 » Assuma uma posição
Segundo um famoso planner disse: o planejador é a pessoa mais dispensável na agência. Eu concordo plenamente com isso, e, qualquer planner que pensa assim terá a seguinte responsabilidade para com a sua equipe:
Credibilidade. O planejador deve, por definição, conquistar a confiança e o respeito do pessoal do atendimento e da equipe de criação. Sem isso, o planner será, provavelmente, colocado de lado. Ser esperto e demonstrar inteligência é um requisito básico. Falar a mesma língua dos criativos e do atendimento (mas não ser um deles) ajuda. Tornar a vida deles mais fácil é uma boa alternativa.
Um papel claro. Planejamento não é somente teoria ou a aplicação dela, mas um papel que deve ser definido em uma equipe formada pelo diretor de atendimento/estrategista, diretor de criação e equipe de criação. Sem um papel claro, o planner ficará confuso. Um bom ponto de partida é estreitar o papel do planejamento, que pode ser definido como mais estratégico ou mais criativo.

3 » Crie espaço
O planner precisa de um palco permanente para fazer a agência crescer e se desenvolver. A única maneira de estabelecer este palco é mudando a maneira como a agência trabalha em termos de:
Processos. O planejamento deve ser integrado à rotina de processos. Dependendo de quem estará no “recebimento final”, o fluxo de trabalho da agência será um processo de 2 ou 3 passos, geralmente definido pela fase da pesquisa/análise > estratégia/conceito > criação/desenvolvimento da idéia ou equivalente. O ponto é não criar rótulos ou tornar as coisas complicadas, mas ter certeza de que o planner tenha tempo suficiente e o resto da equipe faça as coisas com o mínimo de sobreposição (o processo todo).
Rotina. Quando o planejamento é usado esporadicamente, sua qualidade cai. O modelo mental da agência deve ser de utilizar sempre o planejamento, e, quando não for necessário, optar pelo não uso. E não o contrário.

Por ultimo, planejamento é como qualquer outro trabalho. Tem a ver com personalidade, competência, etc.

Fonte da Informação: chmkt

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