sábado, 12 de setembro de 2009

Quem Desdenha Quer Sabotar

Certa vez li a respeito de um estudo conduzido por um pesquisador de uma universidade americana. O pesquisador convocava casais de voluntários, sobre os quais ele não tinha nenhuma informação prévia, e lhes pedia que conversassem durante alguns minutos sobre um assunto do qual eles divergissem. Após uma rápida observação, o pesquisador era capaz de prever com espantosa precisão se o casal permaneceria unido ou se iria se separar nos próximos cinco anos. Ao explicar seu método, o pesquisador disse que analisava uma série de aspectos na forma como o marido e a mulher falavam um com o outro. O aspecto principal, contudo, era o desdém. Segundo o pesquisador, se um dos cônjuges demonstrasse a tendência de dirigir-se ao outro em tom desdenhoso, então a separação era praticamente certa.
Com base em minha experiência no mundo dos negócios, eu diria que o desdém não é fatal apenas para os relacionamentos amorosos. Ele também é fatal para as relações profissionais. O desdém pode se manifestar de diversas formas: como ironia, como um falso elogio, como um quê de desprezo embutido em um comentário aparentemente inocente... Seja como for, o fato é que o desdém é um golpe baixo desferido com o objetivo de minar a auto-estima e a autoconfiança do outro. O subtexto da mensagem desdenhosa é sempre o mesmo: eu sei que você não é capaz, eu sei que você não vai conseguir e eu não acredito em você. Não é sem razão que nenhum relacionamento sobrevive quando nele é injetado o pernicioso veneno do desdém. E se por acaso sobreviver, dificilmente será uma relação saudável.

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