Certa vez, uma jovem bailarina foi fazer um teste para o corpo de baile da principal companhia de balé do país. Durante anos ela havia se preparado para aquele momento. Passar no teste era o sonho de sua vida, a culminação de todos os seus esforços. Durante sua apresentação, ela dançou como nunca. Tinha certeza de que havia se saído muito bem. Porém, para sua grande decepção, o diretor artístico da companhia lhe disse: “Só isso? Você não pode fazer melhor? Volte outro dia e se apresente de novo”.
A moça ficou arrasada. Achava impossível dançar melhor do que havia dançado. Se o diretor lhe disse aquilo era porque ela não tinha mesmo talento, e era melhor desistir. A bailarina não voltou para o segundo teste. Profundamente desanimada, resolveu abandonar o balé. Com o passar dos anos, ela arrumou um emprego, casou-se e sepultou de vez seus sonhos de bailarina. Mas a frustração persistia. Tinha a sensação de que faltava algo em sua vida e que nunca seria realmente feliz.
Vinte anos depois, ela foi com o marido assistir a uma apresentação de balé e, na saída, encontrou o diretor artístico que havia criticado seu teste. Sem conseguir se conter, ela aproximou-se dele e disse: “Lembra-se de mim? Há vinte anos fiz um teste para o corpo de baile. Eu dancei muito bem, mas você achou que era pouco. Por sua causa desisti do balé e nunca mais dancei”. O homem olhou para ela e respondeu: “Eu me lembro de você. O que eu lhe disse é o mesmo que digo a todas as candidatas. Mas você foi a única que desistiu”.
Essa história serve para nos lembrar que, ao longo de nossa trajetória profissional, encontramos vários obstáculos que parecem se antepor à realização de nossos sonhos. A superação dos obstáculos exige que utilizemos o que temos de melhor. E quanto mais descobrimos e exploramos nossas capacidades, mais perto ficamos de nossos sonhos. Claro, é sempre possível desistir no meio do caminho. O que não se pode é culpar os outros por isso.
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